Modativismo

Carol Barreto, Mulher Negra, Candomblecista, é Artista Visual, Designer de Moda Autoral, Pesquisadora e Figurinista. Criadora do conceito de Modativismo, oriunda de Santo Amaro da Purificação – BA e Doutora em Cultura e Sociedade – Poscultura – IHAC – UFBA. Professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, atua como docente do campo dos Estudos de Gênero, Cultura e Linguagem, no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, FFCH – UFBA. Por meio do projeto Modativismo, criou uma metodologia inovadora para formação artístico-político-metodológica no campo das artes, centrada na produção da intelectualidade mental e manual de mulheres negras, construindo assim, um trabalho de visibilidade internacional nas passarelas e galerias de arte em mais de 10 cidades fora do Brasil.

COLEÇÕES

Coleção Asè – Luanda, Angola / 2016 Coleção Vozes – Paris, França / 2015 Coleção Fluxus – Dragão Fashion Brasil / 2014 Coleção Kalakuta – Desfile Sarau do Brown, Museu do Ritmo / 2013 Coleção Linhas Vivas – Dakar Fashion Week, Senegal / 2013 Gender Trouble – Audiovisual / 2012 Híbrida – Barra Fashion / 2012 Do Espiritual na Arte – Barra Fashion / 2011 Coleção Constelação de Órion / 2011 Coleção Subaquáticos Venenosos / 2011 ● Coleção Subaquáticos Venenosos / 2011

criações

Exposição ‘Water Carry Me Go’ no Royal Ontario Museum e no Harbourfront Center em Toronto, CA. Fevereiro, 2016 Edudoc Moda.Devir (das criações de Carol Barreto) sob direção de Cláudio Manoel Duarte Julho, 2016. Desfile – Show ‘Coleção Asè’ – Teatro Castro Alves, Salvador – BA Dezembro, 2016 The Gost of Lina Bo Bardi – Criação, Desenvolvimento e Produção de Figurino do filme, Abril a Junho, 2018 Brasilis – Espetáculo Circo Turma da Mônica / Criação de Obra Artística, turnê Nacional Abril, 2019 ● O Uniforme que Nunca Existiu – Centauro e Tracylocke / 2021 ● Exposição coletiva intitulada: “O Quilombismo. De Resistência e de Insistência. De Fuga como Luta. De Outras Filosofias Políticas Igualitárias Democráticas.” – Haus der Kulturen der Welt (Casa das Culturas do Mundo), Berlin – Alemanha, 2023.

 

COLEÇÃO ASÉ

A Coleção Asè nasce com inspiração nas marcas da afrobrasilidade, sob o impacto do retorno à terra de onde vieram nossas ancestrais, reverenciando as histórias de reconstrução da nossa negritude no Brasil. O ponto de partida é o imaginário alimentado durante décadas, por meio da oralidade, de rituais religiosos e culturais, por descendentes de pessoas africanas escravizadas no Brasil, de retorno à nossa terra original. Asè fala sobre o protagonismo das mulheres negras nas religiões de matriz africana, por meio da predominância da cor branca, tecidos leves e fluidos, enriquecidos por bordados manuais, traduzidos em peças que são as bases para as rendas artesanais e outras técnicas de beneficiamentos de tecido. 

A oportunidade de levar uma coleção para desfilar em Luanda, no Angola International Fashion Show em 2016, foi uma das justificativas para debatermos sobre o papel das mulheres negras e das religiões de matriz africana na constituição de uma cultura afro-brasileira. Compreendendo que cada pessoa negra e viva neste país, teve no passado a contribuição da existência do Asè, para reconstrução do nosso senso de família e do cuidado da saúde espiritual, física e mental.

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Yemonja

A peça intitulada Yemonja que está no Museu Real de Ontário (Toronto – Canadá) emerge das águas no oceano atlântico, como um recorte da coleção Fluxus 2014, que sugere um debate sobre a diáspora africana, a dispersão da população negra ao redor do globo, dos nossos cabelos como forma de linguagem, identificação e resistência, bem como chama atenção às mazelas do racismo, ainda presentes na sociabilidade contemporânea. 
 
Ao receber a proposta de criação de uma peça  o tema supracitado, prontamente me volto à minha subjetividade e à minha relação de sinergia com a água do mar. Do mar, recorto a divindade mais festejada na minha região de moradia, o bairro do Rio Vermelho, na cidade de Salvador – Bahia – Brasil e a minha relação com essa Orixá, mãe de todos os orixás, rainha do mar, que com sua força e doçura evoca muita representatividade das mulheres negras na Bahia e marca uma diferença dentre as divindades masculinas muito comuns às diversas religiões. 
 
A peça leva o nome de Yemanjá, foi construída com referências minimalistas da sua indumentária no candomblé, redimensionada com a extrema leveza e transparência da organza cristal, em homenagem às suas águas. Com a saia recortada em pontas agudas que expressam sua qualidade Ogunté – sua relação com Ogum, orixá das batalhas – a modelagem vem simbolizando o impacto das fortes ondas nas pedras da praias em dias de mar revolto, ao mesmo tempo em que a fluidez e o refluxo das águas propiciam uma diferente energia de batalha, que conduz a luta por meio da paz e do equilíbrio e da firmeza de quem se sabe a si mesma e quais os seus caminhos. A luta de quem simplesmente se mantém firme, mas insistente durante as tempestades. 
WaterCarryMeGo_by @Supafrik Photographer_@jalanimorgan model @aluad_anei _MG_2932
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Coleção Colaborativa Modativismo

O livro documental “Coleção Colaborativa Modativismo”,  tem na sua autoria 24 pessoas negras oriundas de Salvador-Ba, e travessias entre Santo Amaro e Santo Antônio de Jesus.  Versa sobre moda, com base na discussão sobre aspectos da economia criativa, processos criativos decoloniais, práticas feministas e antirracistas, na produção de acervos artísticos feitos por mulheres negras. A obra diagnostica o campo da criação como uma esfera de identificação muito importante para a população negra e, hoje, cada vez mais compreendemos este, como um espaço de transformação e ratificação dos nossos modos de sobrevivência e de bem viver.

Uniforme que Nunca Existiu

Aida dos Santos, nossa única representante feminina em Tóquio em 1964, ela foi ao Japão por conta própria. Sozinha, sem falar outro idioma ou sequer constar na lista da delegação brasileira. Mulher, brasileira. Filha, mãe, avó. Atleta colecionadora de medalhas e diplomas. Dedicou sua vida ao esporte. Agora, escrevemos seu nome no Uniforme que nunca existiu e temos a oportunidade de levar o seu exemplo de superação para todos os cantos do país.

Para fechar esse ciclo, 57 anos depois, a Centauro reuniu um time de mulheres extraordinárias e criou O Uniforme que nunca existiu. Carol Barreto e o seu Modativismo, com a equipe formada por Adriele Regine, Anderson Paz, David Sol e Nanci Meire desenvolveram as peças que representam a sua história. Enquanto Giorgia Prates (direção) e Sandra de Sá (locução) deram vida ao filme que homenageia Aída dos Santos.

Juntes, queremos inspirar as novas gerações e mudar o futuro dos nossos jovens atletas. Por isso, O Uniforme que nunca existiu agora existe. 

ATELIER

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Impactando +50 mil pessoas, entre formações, graduações,especializações, palestras e cursos livres nacionais e internacionais.

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Empregando + 2 mil pessoas em laboratórios criativos, desfiles, desenvolvimento de figurinos e obras artísticas e consultorias.

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Promovendo nacional e internacionalmente + 500 carreiras e marcas ao longo destes anos.

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